domingo, 13 de fevereiro de 2011

São José dos Campos - Paulista de Resistência 2011 06/02/2011


Iniciada a temporada 2011 do Campeonato Paulista de Ciclismo - São José dos Campos (06/02).
Circuito longo com falsos planos e excelente asfalto, característico de prova veloz e bastante disputada. Com média superior aos 43km/h, passando-se fácil dos 60km/h na reta principal, e um número muito grande de atletas – mais de 300 no pelotão - a corrida também prometia ser perigosa.
Assim que largamos, tentei me posicionar na ponta do pelotão, mas com grande dificuldade, visto que, após a primeira curva, a tendência era se manter a direita evitando assim os ventos laterais. A segunda curva, no entanto, era à esquerda e aí, os ciclistas de trás encontravam sua brecha para ultrapassar todo pelotão, revezando as lideranças a todo o momento.
Neste carrossel que girava a alta velocidade, os tombos não demoraram a acontecer. E com o pelotão compacto, o número de ciclistas envolvidos também não era pequeno.
Persegui três tentativas de fuga e, por duas vezes, também tentei a minha. Sem êxito. Resolvi então marcar os sprinters das principais equipes.
Já não bastasse o tensão da disputa, a seqüência de erros cometidos pela (des)organização do evento também prejudicou bastante o bom andamento da prova. E, diga-se de passagem, também aumentou seu risco. Primeiro com a infeliz idéia de última hora de agrupar as principais e mais velozes categorias numa só – Elite Masculino, Feminino e Sênior. A seguir, ainda no meio da prova as três categorias já estavam unidas quase que num único pelotão bastante compacto. Nesse momento, os Batedores não apenas não foram capazes de separar as categorias como ainda “passeavam” por dentre o pelotão com sua mota sem a menor noção do risco que nos causavam.
Com a velocidade mais de 60km/h não parávamos de nos perguntar: -“Onde devemos ficar?”. Procurei me posicionar perto do maior grupo da minha categoria, baseando-me quase que apenas na numeração apensa nos uniformes já que, com a quantidade de ciclistas no pelotão e a alta velocidade, era bastante difícil identificar os atletas.
As piores conseqüências da desorganização ainda estavam por vir. A três voltas do final, me deparei com um acidente na reta principal envolvendo grande número de ciclistas. A alta velocidade ficou praticamente impossível parar a bicicleta a tempo. Consegui desviar de alguns ciclistas e, quando finalmente consegui parar, outro ciclista se chocou atrás de mim, acertando sua bicicleta no meu tornozelo. Menos de 100m à frente, com fortes dores no tornozelo, abandonei a prova.
Na volta seguinte – a penúltima – outro grande acidente na curva de chegada tirou mais alguns atletas da prova.
Apesar da desorganização e dos vários acidentes, foi uma boa prova devido ao seu ritmo, seu bom circuito e pelo grande número de atletas. Foi também um bom teste para avaliar o preparo que venho fazendo para esta temporada.