Mais uma 9 de
Julho!
Novamente este
ano, garanti presença na prova mais clássica do ciclismo brasileiro, a 9 de
Julho que, como de costume, foi realizada no autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Logo já previa
as dificuldades desta prova: primeiro por unir três categorias numa única
bateria (Senior A, Sub 30 e Universitários); segundo pela experiência adquirida
de outras provas em
Interlagos. Só não tinha certeza de qual o sentido seria
mantido – tradicional (anti-horário) ou invertido (horário).
Ao chegar a
Interlagos recebemos a infeliz notícia de que não poderíamos contar com as
estruturas dos boxes que estariam fechados (reservados) para evento de Moto
Velocidade do dia seguinte. Assim, os veículos deveriam ser estacionados
distantes do local do percurso, dificultando o fácil acesso as bikes,
suprimentos e equipamentos.
Apesar de tudo,
alinhamos e largamos pontualmente dentro do previsto e no sentido normal da
prova - anti-horário.
Logo de início
a velocidade já era grande e ao chegarmos no “S” no final da reta já beirávamos
os 60km/h, demonstrando que a prova teria uma média de velocidade bastante elevada.
Foi o que aconteceu. Completamos a primeira volta excedendo em apenas 13
segundos a tempo da Elite.
Como em todas
as provas, o início é sempre a pior parte. Os atletas ainda não estão
totalmente aquecidos e ainda estão se estudando, o que aumenta o risco de
acidentes. Procurei correr pelas laterais para me esquivar do “miolo” central
onde risco de quedas é maior e nas subidas procurava (e vinha conseguindo) ir
para a cabeça do pelotão. Assim vinha “sobrevivendo” a corrida! Na pior subida
passávamos a uma média de 33km/h. Já nas descidas atingíamos fácil os 70km/h.
Durante toda a
corrida, o pelotão se manteve compacto, neutralizando toda e qualquer tentativa
de fuga. Por isso, procurei marcar os sprinters das equipes. Tinha certeza de
que o pelotão viria para chegada arrancando na última subida e embalando seus sprinters.
Esta atitude,
porém de recuar e ficar no meio do pelotão teria seu preço e paguei por tal. A
duas voltas da chegada, no início da subida, houve um toque no meio do pelotão
levando dois atletas ao chão. Foi onde eu e mais alguns atletas ficamos
enroscados, impossibilitando nossa volta à prova.
Uma pena! Embora
ainda estivesse estranhando a bike nova, estava confiante em poder chegar entre
os dez melhores.