sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Araraquara - Troféu Anésio Argenton 23/08/2011

“Como ja de tradição, no ultimo dia 23 de Agosto de 2011 foi realizado o “Troféu Anésio Argenton” de ciclismo.
Realizado no tradicional e difícil circuito da Via Expressa na cidade de Araraquara, esta prova tem por característica a longa subida e posteriormente a longa descida, onde facilmente se ultrapassa os 80km/h em pelotão.
Este ano a prova estava ainda mais complicada devido à alta temperatura, com média de 37º e ar muito seco, como se não bastasse ainda tivemos que iniciar a corrida por volta das 12:45hs.
Com um pelotão beirando os 50 atletas larguei com a tática de me manter no bloco da frente, tentando assim evitar as quedas e principalmente o corte do pelotão na subida devido aos ataques que deveriam acontecer.
Logo na primeira volta atingimos a velocidade que se esperava na descida passando dos 80km/h, no meio do pelotão a adrenalina e o nervosismo tomava conta dos atletas, pois qualquer descuido a esta velocidade, certamente terminaria eu uma queda sem possibilidade de volta.
Logo na primeira subida os ataques começaram, porem como eu estava no meio do pelotão e protegendo do vento, era só manter o ritmo que logo pegaríamos o ataque, e foi que aconteceu por muitas vezes.
Na verdade estes ataques tinham por finalidade o que chamamos de seleção, onde, somente os melhores preparados ficariam no pelotão, isso estava funcionando, a cada volta o pelotão se quebrava e muitos não agüentavam o ritmo imposto.
Na metade da prova um susto, no retorno para iniciarmos a subida, um atleta, inexperiente, passou reto na minha frente e acabou levando o ciclista que estava na minha frente ao chão, “-Esta foi por pouco, pensei”.
Recuperado do susto consegui me agrupar ao pelotão novamente, e novos ataques começaram.
O pior ainda estava por vim, quando percebi que estava sem água, o psicológico agiu. Ao percebe isso verifiquei que ainda faltavam mais de 25 minutos de prova, sem ninguém para me reabastecer, tentei me manter na prova até onde dava, tentei seguir os ataques, mas o calor e o tempo seco estava judiando demais, após 15 minutos sem água, as cãibras começaram aparecer e a duas voltas do final fiquei impossibilitado de completar aprova por desidratação.
Foi uma pena, pois estava me sentindo muito bem na prova como a tempo não me sentia.”

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